A Petrobras vai receber até o fim deste mês de outubro propostas de três empresas para a construção do primeiro Hisep, sistema, desenvolvido pela estatal, capaz de separar, ainda no fundo do mar, o gás rico em carbono que fica misturado ao óleo e reinjetá-lo nos poços, em alta profundidade.
“Um FPSO (navio plataforma) típico do pré-sal manuseia em média entre 6 milhões e 7 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Então o Hisep consegue quase dar conta desse volume todo”, afirma um dos responsáveis pelo projeto, Fábio Passarelli. O engenheiro químico diz que o Hisep terá capacidade de reinjetar cerca de 5 milhões de metros cúbicos de gás por dia diretamente no fundo do mar. Uma parcela do gás vai continuar chegando ao navio, inclusive para a geração da energia consumida em sua operação.
Com a nova tecnologia, o gás natural com CO2 não vai precisar ser levado até o navio-plataforma, reduzindo o gasto de energia e o espaço para armazenamento e processamento do insumo nessas unidades. A separação do gás no ponto de extração do óleo vai poupar 40% da energia consumida hoje por um navio plataforma e liberar espaço nos navios para o recebimento de quantidades maiores de petróleo, produto de maior valor agregado.
Receba também as atualizações do Anota Bahia no: Google Notícias, Twitter, Facebook, Instagram, LinkedIn e Spotify.