Jair Bolsonaro. Foto: Tânia Rego

Na noite da última segunda-feira (14), a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido também inclui mais sete réus do núcleo 1 da trama golpista. A expectativa é que o julgamento dos acusados seja realizado em setembro deste ano. No documento, o procurador-geral Paulo Gonet requere que Bolsonaro seja condenado pelos crimes: organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Além disso, Gonet afirma que o ex-presidente figura com líder da organização criminosa, durante a trama golpista, e foi o principal articulador. “Com o apoio de membros do alto escalão do governo e de setores estratégicos das Forças Armadas, mobilizou sistematicamente agentes, recursos e competências estatais, à revelia do interesse público, para propagar narrativas inverídicas, provocar a instabilidade social e defender medidas autoritárias”, disse.

Também estão no pedido de condenação da PGR:

  • Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;
  • General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência – Abin;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
  • Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Agora, a defesa de Mauro Cid tem 15 dias para apresentar as alegações finais ao STF, seguido das alegações das defesas dos réus. As penas máximas para os crimes passam de 30 anos de prisão.

Jair Bolsonaro. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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