O Partido Liberal informou, nesta quinta-feira (27), que suspendeu as funções partidárias e a remuneração do ex-presidente Jair Bolsonaro, em cumprimento à Lei nº 9.096/95 e aos efeitos da condenação que resultou na perda de seus direitos políticos. A decisão vale enquanto estiverem vigentes as determinações relacionadas à Ação Penal 2668, na qual Bolsonaro foi sentenciado por tentativa de golpe de Estado.
A legenda afirmou, em nota, que a suspensão ocorre de maneira obrigatória diante do quadro jurídico e das restrições impostas ao ex-presidente, que ocupa o cargo de presidente de honra do PL. A medida alcança quaisquer atividades internas na sigla, bem como o salário que Bolsonaro recebia desde que se filiou ao partido.
Bolsonaro iniciou nesta semana o cumprimento da pena e permanece detido na sede da Polícia Federal em Brasília. O processo que levou à condenação trata da participação do ex-presidente em articulações consideradas golpistas para tentar reverter o resultado das eleições de 2022.
Repercutindo o anúncio, o senador Flávio Bolsonaro afirmou nas redes sociais que a suspensão “foi algo obrigatório, e não por vontade do partido”. O parlamentar destacou que a legislação impede o exercício de funções partidárias durante o cumprimento da pena.
Flávio defendeu ainda que o grupo político mantenha coesão durante o período. Segundo o senador, a prioridade é preservar a unidade e garantir apoio familiar e político ao ex-presidente.
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