O número de pessoas que se autodeclararam indígenas quase quadruplicou na Bahia, é o que apontam os dados do Censo 2022, em comparação ao último levantamento. A partir disso, o estado contabiliza a segunda maior população indígena do país, com um total de 229.103 pessoas. O Censo de 2010 havia contabilizado 60.120 indígenas, o que corresponde a um aumento de 168.983 pessoas se declarando ou se considerando indígenas em 12 anos.
A Bahia abriga em seu território 13,5% do total de 1.693.535 indígenas identificados pelo Censo 2022 no Brasil, ficando atrás somente do Amazonas, que possui 29,0% do total recenseado nacionalmente. O estado também ocupa a segunda posição entre aqueles com o maior número de domicílios particulares permanentes ocupados em que ao menos uma pessoa se autodeclara indígena (121.166 domicílios).
De acordo com as cidades delimitadas no território da Bahia, a população indígena estava presente em 13 municípios, liderados, em números absolutos, por Porto Seguro (5.117 indígenas em terras delimitadas), Santa Cruz Cabrália (2.654 indígenas em terras delimitadas) e Banzaê (2.625 indígenas em terras delimitadas). O município de Banzaê se destacava pela maior proporção de indígenas em Terras delimitadas (86,07%), seguido por Itaju do Colônia (83,41%) e Glória (61,01%).
No Brasil, o número de domicílios contabilizados foi de 630.041. Isso significa que a cada cinco domicílios brasileiros identificados como indígena um estava na Bahia. Em termos relativos, o Censo de 2022 revela que as pessoas que se autodeclaram indígenas representam 1,62% de toda a população baiana, quase o dobro da proporção verificada no Brasil como um todo (0,83% da população).
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