Na última segunda-feira (16), o Teatro Gregório de Mattos recebeu representantes de 96 entidades culturais da capital baiana para a cerimônia do Prêmio Pontos de Cultura Salvador. A iniciativa busca articular, capacitar e fomentar ações realizadas por entidades, coletivos e agentes culturais em suas comunidades, além de apoiar as culturas e os fazeres culturais em seus diferentes territórios. As 96 premiações foram divididas em duas categorias, sendo R$60 mil para CNPJ e R$30 mil para Pessoa Física. O investimento total foi de R$4,7 milhões.
“Esse projeto tem o recurso assegurado pelo governo federal, mas a gente inova na medida em que a Fundação Gregório de Mattos lança um edital de premiação de reconhecimento das associações, terreiros, grupos de capoeira e outras instituições que têm feito esses trabalhos nas comunidades. Essas organizações têm lutado para sobreviver com apoio do município e ter esse recurso facilita muito, porque dá a elas a condição de sonhar ainda mais alto”, afirma a vice-prefeita e secretária de Cultura e Turismo, Ana Paula Matos.
“É o reconhecimento de um trabalho muito forte que acontece, principalmente, nas comunidades de Salvador. O programa Cultura Viva contempla, através de prêmio e de reconhecimento, esse trabalho enorme de cultura que é feito em várias regiões da cidade, por grupos ou pessoas físicas. É a verdadeira cultura que perpassa e que é realizada, muitas vezes, com esforços pessoais”, disse o presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro.
Na ocasião, também houve a certificação de 105 entidades e coletivos culturais. Esses grupos não receberam recursos financeiros, mas serviram como um reconhecimento público pelo trabalho desenvolvido. A programação incluiu a apresentação do Samba de Roda de Tubarão, grupo ligado à Associação Cultural Quilombo Aldeia Tubarão (Quial Tubarão), também reconhecido como Ponto de Cultura.
O criador do Centro Cultural Quabales, Marivaldo dos Santos, contou que projetos dessa natureza são um incentivo à cultura, e citou alguns exemplos. “Estamos com o Varanda Quabales, uma vez por mês, na frente da instituição, na rua, com música instrumental. Estamos com outra novidade que é misturar música instrumental com hip hop, MPB e outras vertentes. A Bahia tem um potencial incrível que precisa ser visto. Agora, com esse apoio, a gente consegue trazer mais gente e fazer a economia circular”, afirmou.
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