A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), afirmou ser urgente adotar a perspectiva de gênero no Judiciário brasileiro. A declaração foi dada nesta segunda-feira (6), durante a abertura de um seminário sobre a teoria e a prática da aplicação da metodologia no Judiciário, em razão do Dia Internacional da Mulher, celebrado na quarta-feira (8).
“O olhar de gênero como metodologia é recomendação urgente para uma prática adequada e efetiva do sistema de Justiça”, afirmou a ministra. Segundo Rosa Weber, as leis e normas foram historicamente concebidas “de forma a não considerar a mulher como ator político e institucional relevante na sociedade”, motivo pelo qual é necessário agora aplicar uma “lente de gênero” sobre essas normas abstratas, de modo a garantir “igualdade de tratamento”.
“A abordagem teórica dos conceitos, em especial o da imparcialidade, exige de nós postura atenta às desigualdades históricas e estruturais no contexto social dos grupos vulneráveis, caso das mulheres, marcado por padrões discriminatórios reproduzidos nos desenhos institucionais e jurídicos”, acrescentou a ministra.
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