A abertura do Capão in Blues 2025 transformou a praça do Vale do Capão em um grande encontro comunitário na noite da última quinta-feira (20). O festival internacional iniciou sua segunda edição com forte presença de moradores e turistas, que enfrentaram o frio e a chuva para acompanhar uma programação marcada pela fusão entre identidade local, ancestralidade musical e a energia coletiva que caracteriza a Chapada Diamantina.
O início da noite ficou a cargo da artista chapadense Calu Manhães, acompanhada pelo Candombá Blues Dab (CBD), em um show que uniu referências brasileiras e o universo do blues. A apresentação reforçou a dimensão simbólica da data e do local. “Trago toda essa referência nesse dia, que é o Dia da Consciência Negra. É uma honra estar aqui representando isso”, afirmou Calu. Na sequência, a cantora norte-americana Alma Thomas, junto à pernambucana Uptown Band, apresentou um repertório que dialogou com o blues contemporâneo e conquistou o público. “Estou muito feliz de poder compartilhar isso com a galera do Vale do Capão”, disse a artista.
O encerramento da primeira noite ficou por conta de Rosa Marya Colin, que, prestes a completar 80 anos, apresentou um show celebrado pelo público. Ao lado do gaitista Jefferson Gonçalves, a cantora trouxe uma performance marcada por intensidade e memória. “O blues tem a mesma origem do samba, veio lá dos lamentos. Eu estou muito feliz de estar aqui no meio dessa natureza”, destacou Rosa. O show consolidou o clima emocional que envolveu toda a programação de abertura.
A curadoria e a organização do festival também refletiram a expansão do projeto. O empresário Ildázio Tavares Jr. destacou o crescimento da iniciativa desde sua concepção, enquanto o guitarrista e curador Eric Assmar celebrou o engajamento do público, mesmo sob chuva. Com programação gratuita e ampliada, o Capão in Blues reforça a integração entre cultura, território e desenvolvimento, fortalecendo o Vale do Capão como um polo artístico em ascensão na Chapada Diamantina.
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