
O processo de escolha do novo Papa, o Conclave, começa nesta quarta-feira (07). Representando 71 países, os 133 cardeais eleitores convocados para escolher o 267º Pontífice já estão prontos para iniciarem os rituais e procedimentos. Cada cardeal eleitor recebe uma cédula para escrever o nome do eleito. Depois de ter escrito e dobrado a cédula, segurando-a elevada de modo que fique visível, leva-a ao altar, onde ficam os escrutinadores – responsáveis por apurar os votos – e sobre o qual é colocado um recipiente coberto com um prato para recolher as cédulas. Vale lembrar, que são necessários pelo menos 2/3 (89 dos 133 totais) dos votos para eleger o novo Papa.
Segundo o Vaticano, após todos os eleitores terem colocado suas cédulas na urna: “o primeiro escrutinador sacode a urna várias vezes para embaralhar as cédulas e, imediatamente depois, o último escrutinador procede à contagem das cédulas, retirando-as visivelmente uma a uma da urna e colocando-as em outro recipiente vazio”. Em caso da quantidade de cédulas não corresponder ao número de eleitores, todas elas serão queimadas e uma segunda votação deverá ser realizada. Com a quantidade correta, os três escrutinadores começam a contagem: o primeiro abre a cédula e observa o nome do eleito; o segundo verifica o nome; e o terceiro lê o nome em voz alta. Durante o processo, os eleitores podem marcar os votos em uma folha.
Após a contagem, os votos são somados e anotados em uma folha separada até que o último dos escrutinadores perfura as cédulas com uma agulha no ponto em que a palavra ‘Eligo’ está localizada e as insere em uma linha, para que possam ser preservadas com mais segurança. Em seguida, as pontas da linha são amarradas e colocadas em um um recipiente. Os votos são conferidos e, na sequência, as cédulas são queimada. Vale ressaltar, que independentemente do pontífice eleito, ou não, os revisores verificam as céduas e as anotações dos escrutinadores. Em caso de fumaça preta: não eleição. Em caso de fumaça branca: o papa está eleito e o cardeal Dominique Mamberti anunciará: “Habemus Papam”.
As votações acontecerão todos os dias, duas vezes pela manhã e duas vezes à tarde. Se passarem três dias sem nenhum resultado sobre quem será o novo pontífice, as votações são suspensas por no máximo um dia, para uma pausa de oração e uma discussão livre entre os eleitores. Depois de sete escrutínios, se a eleição não tiver ocorrido, há outra pausa para oração. Novos sete escrutínios são realizados e, em caso de outra não eleição, outra pausa é feita. Caso a última série de sete escrutínios não eleger o novo Papa, “um dia é reservado para oração, reflexão e diálogo e, nas votações subsequentes, a escolha deve ser feita entre os dois nomes que receberam o maior número de votos no escrutínio anterior”, segundo reportagem do Vatican News.

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