Clara Albuquerque em “Donas do Baba”. Foto: Reprodução/Movioca

Com cinco episódios disponíveis no YouTube, a série documental baiana “Donas do Baba”, amplia a percepção do envolvimento das mulheres com o esporte para além de uma investigação sobre o futebol feminino: extrapolando a categoria de gênero, as histórias partem de personagens que têm esta paixão nacional marcada em suas vidas, e não só dentro de campo. A produção traz para a tela uma jornalista, uma jogadora, duas torcedoras, uma advogada e duas crianças para falar de como este esporte as atravessa de diferentes maneiras.

A direção é de Tais Bichara e Rodrigo Luna, roteiro de Pedro Perazzo e Eric Luis Carvalho, pesquisa de Eric Luis Carvalho e Tais Bichara, direção de fotografia de Liz Riscado, direção de som de Ana Luiza Penna, montagem de Agnes Cajaiba e produção executiva de Amadeu Alban, da Movioca – Casa de Conteúdo. “É um projeto que surgiu, antes de tudo, do meu desejo de falar das vivências com o futebol a partir de uma perspectiva feminista. E também um desejo de fazer as pazes com a minha própria relação com o futebol”, conta Tais.

No episódio “Jornalista”, o cenário é Turim, na Itália, onde a série acompanha a jornalista esportiva Clara Albuquerque. Coletiva, dia de jogo, programa ao vivo e os bastidores de todas as funções que Clara exerce como um time-de-uma-mulher-só, driblando os preconceitos para ter voz e espaço. Em “Jogadora”, “Donas do Baba” vai até Santos, em São Paulo, acompanhar a rotina de Maria Dias, atacante baiana nascida no povoado de Ipirazinho e à época atuante no Sereias da Vila, time feminino do Santos.

“Torcedoras” apresenta duas figuras importantes das arquibancadas de Salvador: Rosicleide Aquino, torcedora icônica do Vitória, e Stéfani Coutinho, presidente das Tricoloucas, torcida organizada do Bahia composta só por mulheres – uma dobradinha que faz jus ao maior clássico do Norte-Nordeste, acompanhando as duas em jogos de seus clubes do coração e conhecendo seus rituais e relações com seus estádios-casa.

Em “Advogada”, Juliana Camões alterna entre os uniformes de advogada e de goleira. A série a acompanha na aula, na reunião da Comissão de Esportes da OAB e também em um treino do Oxente Futebol Clube, time de advogadas baianas. Por fim, em “Sonhos”, as crianças Rakelly e Milena desejam se tornar jogadoras profissionais de futebol. Moradoras de São Francisco do Conde, no interior da Bahia, cidade de um dos clubes de futebol feminino mais tradicionais do país, as meninas participavam de um projeto de prática do esporte, enfrentando muito preconceito e falta de estrutura.

Episódio “Torcedoras”, do “Donas do Baba”. Foto: Reprodução
“Donas do Baba” – Ep Advogada. Foto: Vanessa Aragão

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