A Escola Municipal Casa da Amizade, localizada no Jardim Apipema, em Salvador, recebeu nesta quinta-feira (21) o projeto BiciBiblioteca. Trata-se de uma biblioteca itinerante que estimula a leitura a partir da troca gratuita de livros usados por livros novos entre crianças, jovens e adultos. No domingo (24), o projeto será lançado para o público na Avenida Centenário, perto da entrada do Calabar, onde qualquer pessoa poderá chegar e trocar um livro, até o dia 25 de fevereiro de 2024.
A partir de quarta-feira (27), o projeto começará a funcionar simultaneamente em São Paulo e no Recife. A BiciBiblioteca chegará ao Rio de Janeiro no dia 5 de outubro. Em entrevista à Agência Brasil, a idealizadora da BiciBiblioteca, Fabiana Maugé, informou que, em Salvador e em São Paulo, o projeto será realizado aos domingos em vias públicas, e, no Rio e no Recife, aos sábados. Nos dias úteis, a BiciBiblioteca percorrerá escolas, organizações não governamentais (ONGs), projetos sociais e centros culturais e comunitários.
“O projeto nasceu da vontade de democratizar o acesso ao livro, que não é uma coisa barata hoje. O preço do livro é muito alto. Além disso, tem uma guerra com os [produtos] eletrônicos”, disse Fabiana. Ela comentou que, atualmente, cada vez mais, as crianças deixam os livros por causa da facilidade e a quantidade de informações disponibilizadas pelos aparelhos eletrônicos, como celulares e computadores. O fato de o projeto ser montado em uma bicicleta chama muito a atenção das crianças e faz com que elas saiam um pouco do universo do celular e do computador e se sintam mais estimuladas a ler, promovendo o diálogo e interação social, afirmou Fabiana.
“Durante a semana, o projeto vai para escolas municipais e ONGs e, nos fins de semana, para a praça pública. Nas escolas, fazemos a doação de livros no primeiro encontro, porque a criança, muitas vezes, não tem um livro para dar. Até nunca teve um livro em casa”, acrescentou. A idealizadora do projeto lembrou que o índice de leitura no Brasil é muito baixo e corresponde a 4,3 livros per capita (por indivíduo) por ano. ”Esse projeto pretende aumentar a frequência de leitura nas capitais pelas quais vamos passar”, finalizou.
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