A Prefeitura de Salvador promoveu uma série de talks sobre mercado musical na Cidade da Música da Bahia, no Comércio, dentro do projeto Salvador Sonora. As ações seguiram até o último sábado (31), abordando os temas “Desenvolvimento de Carreiras Artísticas na Música”, com Camila Rebouças, e o segundo “Por dentro da Curadoria de Grandes Festivais”, com Enio Ixi.
Anteriormente, na sexta-feira (30), os temas abordados foram “Direitos Autorais na Música – Soluções e Desafios”, pelo representante da Bahia na Associação Brasileira de Música e Artes (Abramus), João Portela, e “Acessibilidade e Inclusão no Mercado da Música”, com o jornalista Ednilson Sacramento. Para os presentes, Portela falou sobre uma preocupação muito presente hoje no mercado da música: o equilíbrio da receita.
“Hoje, os players consomem de tudo e repassam no final – como a gente diz, na cauda longa, lá na ponta – muito pouco para o autor. Esse equilíbrio é o grande desafio. Não dá para 100% resultar em apenas 12%. Você tem toda uma obra, e 12% dessa obra é o resultado em termos de direito autoral. É muito pouco. É preciso ajustar isso. É um grande desafio”, revelou.
O representante dos profissionais da música e arte destacou como prioridade a necessidade de as empresas e de toda a cadeia saber que a distribuição dos royalties é desigual. “É preciso que todas as empresas saibam que o autor lá na ponta está recebendo muito pouco. Como vamos ajustar isso? Eu não sei. Mas todos vão ter que se ajustar. A destinação de 12% para o direito autoral é muito pouca. Precisamos tentar equilibrar isso”, discorreu.
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