A ONG Human Rights Watch (HRW), com sede em Nova Iorque, divulgou, hoje (24), um relatório denunciando a polícia do Qatar por deter arbitrariamente e cometer abusos contra integrantes da comunidade LGBTQIA+ antes da Copa do Mundo. As ações do país do Golfo na área de direitos humanos têm sido monitoradas às vésperas do torneio.
O país conservador de maioria muçulmana proíbe o casamento e relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo, que podem ser punidas com até sete anos de prisão, mas nenhum dos detidos citados no relatório foi oficialmente acusado. A HRW documentou seis casos de agressões severas e repetidas e cinco casos de assédio sexual em custódia policial.
Segundo a organização, em setembro, quatro mulheres trans, uma mulher bissexual e um homem homossexual foram levados a uma prisão subterrânea em Doha por funcionários do Departamento de Segurança Preventiva do Ministério do Interior, onde foram “agredidos verbalmente e submetidos a abusos físicos, com tapas, chutes e socos que provocaram sangramentos”, diz o documento.
A ONG ainda afirma que as forças de segurança obtiveram confissões forçadas e negaram aos detidos atendimento médico, contato com suas famílias e acesso à representação jurídica.
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