A edição 2023 do relatório “Por Elas Que Fazem a Música“, desenvolvido pela União Brasileira de Compositores (UBC) e divulgado nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, aponta a persistência da desigualdade no mercado da música. Segundo o estudo, as mulheres recebem apenas 10% dos direitos autorais distribuídos no setor.
Apesar da posição desfavorável, o número de mulheres entre os 100 associados com maior rendimento vindo do exterior mais que dobrou em 2022, sendo agora 27 mulheres. No último ano, uma quantidade expressiva de obras e fonogramas com participação feminina foi cadastrada. Dentro desse total, entre 2021 e 2022, o crescimento com maior destaque foi o de cadastro de fonogramas com mulheres como produtoras fonográficas, chegando a aumentar 17%.
“Entendemos a importância deste levantamento para o mercado. A partir dele, muitos projetos em prol da equidade de gênero são embasados e conseguem ganhar o mundo, gerando oportunidades e uma mudança ativa na nossa indústria. Como instituição, seguiremos fomentando o debate e apoiando ações comprometidas não só com a igualdade de gênero, mas com todo tipo de diversidade. “, explica Mila Ventura, Head de Comunicação na UBC.
Com o retorno dos festivais, muitos com presença massiva de mulheres no line-up, a categoria de shows foi uma das maiores fontes de distribuição de direitos autorais para as mulheres, representando 15%. Enquanto rádios representam 16% deste montante e as TVs aberta e fechada 8% e 6%, respectivamente. Em todas as categorias, os números cresceram um ponto percentual, exceto pela Digital, que se manteve em 11%.
Receba também as atualizações do Anota Bahia no: Google Notícias, Twitter, Facebook, Instagram, LinkedIn e Spotify.