
A Bahia deve registrar uma das maiores safras de sua história em 2025. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE, analisado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a produção de cereais, oleaginosas e leguminosas está estimada em 12,8 milhões de toneladas, crescimento de 12,3% em relação ao ano anterior. Já a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em sua primeira estimativa para o ciclo 2025/2026, prevê um avanço de 4,1% na produção total de grãos, que pode chegar a 14,6 milhões de toneladas.
De acordo com o IBGE, a área plantada com grãos na Bahia deve alcançar 3,65 milhões de hectares, um aumento de 2,8% em comparação à safra de 2024. O rendimento médio das lavouras está projetado em 3,51 toneladas por hectare, alta de 9,3%.
A soja continua liderando a produção estadual, com expectativa de 8,61 milhões de toneladas, 14,3% acima do registrado em 2024. A oleaginosa ocupa cerca de 2,14 milhões de hectares, com produtividade média de 4 toneladas por hectare. O milho, somando as duas safras anuais, deve atingir 2,69 milhões de toneladas, aumento de 16,3% em relação ao ciclo anterior, mesmo com leve redução na área plantada.
O algodão também mantém desempenho positivo, com 1,79 milhão de toneladas previstas, em alta de 1,4%. O estado segue como o maior produtor do Nordeste e o segundo do país, atrás apenas do Mato Grosso. Já a produção de feijão deve recuar 20,2%, totalizando 177 mil toneladas, enquanto o café tem projeção de 262 mil toneladas, 5,1% acima de 2024.
Outras lavouras apresentam variações distintas: a cana-de-açúcar deve crescer 12,6%, atingindo 6,24 milhões de toneladas; o cacau, 7%, com 119 mil toneladas; e a uva registra o maior avanço percentual, de 84,4%. Por outro lado, o tomate tem queda expressiva de 48,4% na comparação anual.
No levantamento da Conab, a soja e o feijão também puxam o crescimento da safra 2025/2026. A área plantada total deve alcançar 4,2 milhões de hectares, 5,6% a mais que no ciclo anterior. A produção de soja pode chegar a 9,25 milhões de toneladas, e a de feijão, a 343 mil toneladas, impulsionada pela expansão nas regiões norte e oeste do estado.
O milho deve somar 2,87 milhões de toneladas, com destaque para as áreas irrigadas do oeste baiano, e o algodão pode alcançar 2,05 milhões de toneladas. A Conab também aponta expectativa de alta na produção de sorgo, estimada em 798 mil toneladas.

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