A ordem na divulgação da totalização dos votos das Eleições Gerais de 2022 segue um fluxo variável. No primeiro turno, no dia 02 de outubro, o Brasil todo pôde perceber que os primeiros votos divulgados vinham das regiões Sul e Sudeste. Só algum tempo depois começaram a ser contabilizados os de parte do Centro-Oeste e, por fim, os votos dos estados das regiões Nordeste e Norte.
Segundo o secretário de Tecnologia da Informação da Tribunal Superior Eleitoral (TSE) , Julio Valente, essa situação, que se repete em todos os pleitos, é causada por variadas questões de logística na transmissão dos votos a partir de cada uma das 27 unidades da Federação. Devido ao volume de informação que é recebida pelo TSE ao mesmo tempo, os votos do Norte do país acabam chegando a Brasília por último e, por isso, aguardam numa “fila” para serem processados.
O secretário explica que três fatores podem ocasionar lentidão na transmissão dos dados das urnas eletrônicas para a totalização no TSE. O primeiro deles é a quantidade de cargos sendo votados – o que implica mais tempo do eleitor diante da urna eletrônica – e a existência de filas de eleitores que ainda não votaram na seção eleitoral depois das 17h, quando, em tese, a votação é encerrada.
O segundo motivo está ligado ao fato de que em muitas localidades distantes dos grandes centros surge o problema das limitações de infraestrutura de telecomunicação. E essa é uma situação recorrente, sobretudo em regiões mais pobres nos estados das regiões Norte e Nordeste e em partes do Centro-Oeste.
O terceiro fator para eventual demora no processamento dos votos na totalização das eleições já ocorre em Brasília, no Centro de Processamento de Dados (CPD) do TSE. Os dados dos estados que lidam com contingências de infraestrutura informacional acabam chegando ao TSE depois dos das regiões Sul e Sudeste, que conseguiram fazer a transmissão mais facilmente. Por isso, ficam aguardando numa “fila” para serem, enfim, processados e totalizados.
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