Vista aérea de Salvador. Foto: Crédito: Jeilson Barreto - Getty Images/iStockphoto.
Vista aérea de Salvador. Foto: Crédito: Jeilson Barreto – Getty Images/iStockphoto.

Segundo levantamento do Índice FizeZap, o preço médio de aluguel residencial no país registrou um aumento de 13,5% em 2024. Apesar de ser uma desaceleração em relação a 2022 (16,55%) e 2023 (16,16%), a alta supera a inflação oficial calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Salvador foi a capital que teve o maior aumento médio no aluguel, com 33,07%, com Campo Grande (26,55%) em segundo lugar, seguido de Porto Alegre (26,33%).

A alta de 13,5% é quase o triplo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE (4,83%) e o dobro do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV), conhecido como “inflação do aluguel” (6,54%). Entre as capitais, São Paulo (11,51%) e Rio de Janeiro (8%) tiveram expansões de preço abaixo da média do Índice FipeZap, enquanto Maceió teve o menor aumento (3,35%), a única capital abaixo da inflação oficial do IBGE.

“Em 2022, o que vimos no mercado de locação foi a recomposição dos preços do período pandêmico, em que os proprietários suspenderam os reajustes de preços; em 2023 e, mais fortemente em 2024, o setor passou a ser favorecido pelo contexto macroeconômico. O emprego que é um fator importante para o mercado de locação, em 2024, atingiu seu recorde, impactando positivamente o setor”, explica Paula Reis, economista do DataZap.

O levantamento é resultado de uma parceria entre a plataforma de anúncio de imóveis Zap e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). A pesquisa acompanha os preços de locação de apartamentos prontos em 36 cidades brasileiras, sendo 22 capitais. “Não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com o especificado em contrato. Como resultado, o índice capta de forma mais dinâmica a evolução da oferta e da demanda por moradia ao longo do tempo”, esclarece a instituição.

São Paulo. Foto: Diogo Moreira/MáquinaCW/GOV-SP.
São Paulo. Foto: Diogo Moreira/MáquinaCW/GOV-SP.

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