Na última segunda-feira (27), aconteceu a abertura do Encontro Mundial de Fibras Naturais, trazendo discussões para garantir uma posição internacional de relevância das cadeias produtivas das fibras naturais. O evento continuará até esta quinta-feira (30), na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), em Salvador.
Durante o evento, Qu Dongyu, Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), ressaltou que as fibras naturais como juta, abacá, coco, kenaf e sisal, conhecidas como JACKS, movimentam uma economia estimada em U$ 60 milhões de dólares por ano, contribuindo para a geração e renda e a segurança alimentar, além do empoderamento de mulheres rurais, amplamente envolvidas com a produção em todo o mundo.
“Estamos buscando novas oportunidades para nossas fibras naturais e as notícias são positivas. Pela primeira vez, depois de muito tempo, temos expectativa de crescermos ao menos 1.2% ao ano, nos próximos anos”, afirmou Wilson Andrade, presidente da Organização Internacional de Fibras Naturais (INFO), da Câmara Setorial de Fibras Naturais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (CSFN/MAPA) e do Sindifibras.
Carlos Henrique Passos, presidente da FIEB, destacou que Brasil é um importante player na produção de fibras naturais, gerando renda para regiões com pouca alternativa econômica. Além disso, ressalta que a magnitude do setor, pela sua aplicabilidade e capacidade de absorver carbono, merece mais apoio e políticas, que poderão sair como resultado do evento. “É interessante que o Encontro aconteça aqui para que possamos mostrar ao mundo nossas vantagens competitivas, pois vivemos uma janela de investimentos que pode ser de grande proveito para a agregação de valor”, concluiu.
O Encontro Mundial de Fibras Naturais, contou com a presença de representantes dos Grupos Intergovernamentais de Fibras Naturais da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) do Brasil, Bangladesh, China, Alemanha, Filipinas, Sri Lanka, Tanzânia, EUA, Holanda e Reino Unido. A iniciativa é organizada pelo Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia (Sindifibras/Fieb) e pelas demais entidades privadas ligadas ao setor que cuidam da cadeia de fibras naturais do Brasil (sisal, juta, malva, coco, piaçava, bambu, seda e cânhamo).
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