É tão bom subir a Colina Sagrada e pegar uma benção na Igreja do Bonfim, em plena sexta-feira. É demais quando passamos no Terreiro do Gantois para receber um axé de Mãe Carmen, uma das Ialorixás mais famosas do país. É maravilhoso quando ouvimos as batidas da música baiana, em seus atabaques poderosos. Cidade mãe, Salvador reúne no seu DNA o nascimento de todos os traços que formaram o Brasil. Lugar de beleza genuína, de encantamento natural, de brisa diferente e de pôr-do-sol nunca igual.
Capital da Bahia, capital de todos os baianos, de todos os que pisaram seus pés aqui, e nunca mais deixaram de ser presença certa, em cada ladeira, em cada esquina, em cada ponta. Seu aniversário este ano, quando completa 471 anos, está sendo diferente, sem fogos, sem shows e sem festa. A grande comemoração tem sido em torno dos cuidados e da inteligência compreensiva do soteropolitano, que tem se resguardado, forte como um forte. Os parabéns serão virtuais e não presenciais, como a gente gosta. Mas, a declaração de todos nós, nunca perderá a validade: ah Salvador, se nosso corpo fosse um mapa, nosso coração seria você.