Tarcísio de Freitas. Foto: Marcelo S. Camargo / FUSSP

Na última terça-feira (30), o governo do estado de São Paulo afirmou que cinco pessoas morreram após sete casos de intoxicação por metanol no estado. As apurações apontam que um das mortes foi comprovadamente causada por consumo de bebida alcoólica adulterada, enquanto as outras quatro continuam sendo investigadas. A gestão municipal paulista busca identificar se os casos estão relacionados ao consumo social ou à ingestão de álcool em postos de combustíveis por pessoas em extrema vulnerabilidade.

A Secretaria Estadual de Saúde apontou que 15 casos suspeitos estão em investigação. “Os investigadores agora concentram esforços em rastrear a origem das distribuidoras e os fluxos de pagamento. Os donos de estabelecimentos já prestaram esclarecimentos, e as operações avançam sobre a cadeia de distribuição, a partir das vítimas identificadas”, disse o governo de SP, em nota.

Sintomas de intoxicação por metanol

Visão turva, dor de cabeça intensa, náusea, convulsões, tontura e perda de consciência são os principais indicadores de que a substância foi consumida. Nos casos graves, pode levar à cegueira e morte. Geralmente, os sintomas aprecem de 12 a 14 horas após a ingestão e podem remeter a uma indisposição simples, por isso, é importante redobrar a atenção. No corpo, o metanol pode gerar complicações na medula, cérebro, pulmões, rins e fígado. Em caso de suspeitas, é recomendado que busque atendimento médico imediato.

Associação Brasileira de Neuro-oftalmologia (ABNO), também publicou um alerta sobre os riscos do consumo do metanol. Em alguns dos casos investigados, as vítimas relatam cegueira temporária ou completa. Além disso, a intoxicação pode levar à neuropatia óptica, doença grave que pode gerar a perda de visão. A entidade ainda aponta que o tratamento deve ser imediato, com acompanhamento médico, e com uso de antídotos, bicarbonato para corrigir a acidez no sangue, vitaminas e hemodiálise.

Bebidas. Foto: Isabella Mendes/Pexels

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