Desde 2018, a frequência com que bandas e artistas internacionais se apresentam em Salvador decaiu. A última atração de grande peso que passou pela cidade foi a banda A-ha, em julho de 2022 na Arena Fonte Nova, a qual, desde sua inauguração, já recebeu nomes como Elton John, Paul McCartney, Roger Waters e David Guetta.
Em entrevista ao Portal A Tarde, o secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, comentou que mesmo a capital baiana possuindo toda a estrutura necessária, com aeroporto, hotéis e arena de eventos, a cidade não tem público pagante suficiente para viabilizar grandes shows internacionais. Além disso, ele conta que para viabilizar os eventos seria necessário patrocínios ou shows gratuitos.
“Também não temos esses grandes patrocinadores. Temos grandes patrocinadores para o carnaval, mas no resto do ano não é uma coisa tão simples. Um evento gratuito, por mais que a gente entenda que traz benefícios para a cidade, veja o resultado de Madonna no Rio de Janeiro, o efeito que foi, não é algo que a gente possa tirar essa carta da manga, porque há outras prioridades”, explicou.
Tourinho ainda apontou que a solução é de longo prazo e seria atuar para que a economia de Salvador avance e tenha uma distribuição mais justa. “É uma questão de mercado mesmo, o que é uma pena, mas que é consequência de um problema muito pior, que é o de ser uma cidade ainda muito pobre. Eu entendo a frustração, mas o que a gente pode fazer para resolver isso é lutar por uma cidade mais justa e mais próspera”, afirma.
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