O Senado Federal vota nesta quinta-feira (17) a Medida Provisória que possibilita a privatização da Eletrobras. Apesar de enfrentar resistência na Casa, a exceptiva é de avançar com a votação, uma vez que a validade para avaliar a medida vai até a próxima terça. O relator do texto, senador Marcos Rogério (DEM-RO), apresentou mudanças na estrutura da medida com o objetivo de conquistar maior apoio da oposição, mas a tentativa não foi bem recebida pelos senadores adeptos ao texto original.
O líder do partido PSD, Nelsinho Trad, informou, através de uma nota oficial da sigla, que as mudanças no texto propostas tanto pelo senador Marcos Rogério e pela Câmara dos deputados não deve ser aceita pelo partido. “O líder Nelsinho Trad informa que a tendência da grande maioria da bancada do partido é votar favorável ao texto original encaminhado pelo Executivo. Desta maneira, a grande maioria do PSD no Senado não consente com as alterações realizadas tanto na Câmara dos Deputados quanto pelo relator Marcos Rogério”, diz a nota.
A votação da Medida Provisória teve início por volta das 10h desta quinta-feira, após o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), Omar Aziz (PSD-AM), ter cancelado os depoimentos previstos para hoje. O empresário Carlos Wizard, um dos depoentes, não compareceu ao Senado. O presidente da Comissão informou que vai entrar com recurso para a condução coercitiva de Wizard. O auditor Alexandre Figueiredo Marques, autor do relatório da TCU (Tribunal de Contas da União) que aponta uma suposta supernotificação de mortes por Covid-19, compareceu ao Senado para prestar depoimento à CPI, mas a sessão foi suspensa devido a votação da Medida Provisória da Eletrobrás. O depoimento será remarcado.