Sergio Moro. Foto: Reprodução.

O ministro da Justiça, Sergio Moro, foi pego de surpresa com a exoneração do delegado Maurício Valeixo, agora ex-diretor-geral da Polícia Federal, por parte do presidente Jair Bolsonaro. Por isso, em coletiva, na manhã desta quinta-feira (24), anunciou sua saída do governo em entrevista coletiva, na sede do ministério.

Em seu discurso ele disse: “Fui juiz federal por 22 anos e em 2014 a Operação Lava Jato mudou o patamar de corrupção do país. Ao aceitar ser ministro, o combinado foi que teria carta branca com os cargos a minha volta. Eu não indiquei superintendes da Polícia Federal, o único foi o Maurício Valeixo. O presidente insistiu em trocar ele, pedi apenas uma causa, e no entanto, só foi provado que ele fez um trabalho muito bem feito”.

“Essa troca foi uma violação do combinado de autonomia feito anteriormente, e mostra ser uma troca política, o que abala nossa credibilidade. Outras trocas seriam feitas, sem causas aceitáveis. Busquei postergar essa decisão, quis evitar uma crise em meio a uma pandemia, quis indicar o nome da substituição na PF, de forma técnica, mas não obtive resposta”, completou, indicando o que culminou sua saída.