Nesta quarta-feira (08), o próximo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), o publicitário baiano Sidônio Palmeira, comentou sobre as mudanças anunciadas pela empresa Meta. A multinacional de tecnologia responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, informou que a política de moderação de conteúdo das plataformas sofrerá alterações, entre elas o fim do programa de checagem de fatos e de restrições para assuntos como migração e gênero, e a promoção de informações com teor político-ideológico, classificado como “conteúdo cívico”.
“Isso é ruim pra democracia. Por quê? Porque você não faz o controle da proliferação do ódio, da desinformação, da fake news. Esse que é o problema. E a gente precisa ter um controle. É preciso ter uma regulamentação das redes sociais. Isso tem que estar acontecendo na Europa, nos países daqui. Por que que nos Estados Unidos, muitas vezes, botam pra fora lá o TikTok e não querem? Por que que a China barra isso? E por que que a gente fica exposto a tudo isso? Essa é a pergunta”, afirmou o publicitário a jornalistas no Palácio do Planalto.
Até o momento as novas regras da Meta só tem validade nos Estados Unidos (EUA). Nesta terça-feira (07), o atual secretário de Políticas Digitais da Secom, João Brant, também criticou o anúncio da empresa de Mark Zuckerberg. Para o titular, a ação demonstra que a empresa não aceita a soberania dos países sobre o funcionamento do ambiente digital, e é uma prévia de atitudes que serão tomadas após a posse de Donald Trump, presidente eleito dos EUA, dia 20 de janeiro. “Agora, a decisão da meta é uma decisão de uma empresa. O governo brasileiro e a justiça brasileira podem adotar outros critérios. Claro, claro. A gente tem um país autônomo, independente, que vai tomar as medidas necessárias”, declarou Sidônio.
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