Ilustração da The Body Shop. Foto: Reprodução.

Depois de divulgar a campanha “Esfregue o amor na cara“, que chama a atenção para discriminação LGBTQIA+ e reforça que diversas formas de amor existem, a The Body Shop, que em Salvador é franqueada pelos empresários Louise e Roger Gomes, divulgou novas informações sobre a sua pesquisa global anual. De acordo com o Índice de Autoamor, mais de 40% da população LGBTQIA+ enfrenta uma crise de amor próprio.

A análise foi feita com mais de 22 mil pessoas, em 21 países. Os resultados revelaram uma crise generalizada pelo mundo, em que em uma escala de 1 a 10 (em que 1 é aversão e 10 é amor próprio), metade das pessoas assume estar abaixo de 5. Entre todos os participantes, 40% daqueles que se identificaram com LGBTQIA+ responderam que estão abaixo de 3 na escala.

A população LGBTQIA+ sofre com mais problemas de saúde mental do que as não LGBTQIA+ e o Índice do Autoamor da The Body Shop confirma esse link. Estes dados fazem parte do movimento “Manifeste o seu autoamor”, com o apoio da atriz e ativista inglesa Jameela Jamil e, aqui no Brasil, com a cantora Majur, a escritora Ryane Leão, a influenciadora Barbarhat Sueyassu e o ativista Nick Thomás.

Mais dados sobre o Índice de Autoamor incluem:

  • 46% dos LGBTQIA+ responderam que se consideram um fracasso, comparado a 25% das pessoas heterossexuais;
  • 37% das pessoas bissexuais estão insatisfeitas com si mesmos, comparado com a média de 31% das pessoas LGBTQIA+ e apenas 19% das pessoas heterossexuais;
  • Mais da metade das pessoas LGBTQIA+ se consideram, muitas vezes, que “não são boas para nada”, comparada com 33% das pessoas heterossexuais;
  • Pessoas trans no mundo inteiro têm duas vezes mais probabilidade de acreditar que a beleza só é alcançada em pessoas, de uma certa forma ou tamanho, em comparação a pessoas cis;
  • Gerações mais novas estão mais preocupadas com diversidade em publicidades de beleza do que gerações mais velhas.

O estudo também mostra que, enquanto a família é uma fonte de autoconfiança para pessoas heterossexuais, isso não é verdade para muitos LGBTQIA: 37% de pessoas heterossexuais veem a família dessa forma, enquanto só 25% das pessoas gays e bissexuais os veem assim. E pessoas LGBTQIA + têm mais chances do que pessoas heterossexuais a ter a sua confiança abalada pela forma que eles aparecem.

A Expert The Body Shop e terapeuta millennial Sara Kuburic diz: “Para muitos LGBTQIA+, autoamor é um outro peso, junto com as expectativas da família e da sociedade sobre eles. O problema é ainda maior para pessoas bissexuais ou trans, que ainda precisam explicar a sua identidade para as pessoas à sua volta. O index mostra que precisamos focar um pouco mais no nosso amor próprio, mas também precisamos dar forças para aqueles que podem estar tendo mais dificuldades com a sua jornada”. Em janeiro, a The Body Shop reforçou a necessidade de educar a população sobre diferentes identidades de gênero em uma live com Nick Thomás, ativista trans e bissexual parte do movimento e uma colaboradora Victória Lima, do time de serviço ao atendimento do consumidor da The Body Shop.

A The Body Shop, que em Salvador está localizada nos shoppings Barra, da Bahia, Paralela e Salvador, está pedindo para que todos os LGBTQIA+ foquem em seu autoamor durante o mês do Orgulho e também encorajando para que qualquer pessoa fora da comunidade se torne um maior aliado.