A Open Society Foundations, organização filantrópica criada pelo bilionário americano George Soros, anunciou esta semana que um dos 10 ganhadores da sua bolsa de artes, e, pela primeira vez, um brasileiro é contemplado: o artista baiano Tiago Sant’Ana. Ele receberá cerca de R$ 430 mil, para investigar projetos sobre diáspora e migração a serem desenvolvidos em um ano e meio.
No programa, ele pretende dar continuação às obras que ele vem desenvolvendo há três anos em engenhos de açúcar abandonados do recôncavo baiano. Neles, usa açúcar e o próprio corpo para apontar tensões raciais e refletir sobre como elas ainda se perpetuam.
O projeto culminará numa grande exposição individual em Salvador em 2021, que deverá ser a maior de Sant’Ana até agora. Ele já apresentou solos no no Museu de Arte da Bahia, em Salvador, no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, e no Senac Lapa Scipião, em São Paulo.
“Essa é uma notícia que está guardada comigo desde o ano passado e que agora, finalmente, vem a público. Realizarei uma série de trabalhos em torno das ruínas dos antigos engenhos de açúcar e suas comunidades, que culminarão em uma exposição solo em 2021. Será uma longa jornada e estou feliz em poder trazer um pouco de notícia positiva nesse contexto tão complicado”, disse Tiago.