Considerado patrimônio cultural do Brasil desde 2005, as baianas de acarajé estão, neste momento, com o título ameaçado, isto por causa de alterações no perfil das profissionais do tabuleiro. A certificação é renovada a cada dez anos, mas venceu em 2015. De acordo com a presidente da Associação Baianas de Acarajé (Aban), Rita Santos, a maior dificuldade é ter o título renovado, em meio às mudanças.
“Quando o título venceu em 2015 e ninguém falava em renovar, nós começamos a ficar preocupadas, porque estava havendo muita descaracterização da baiana, não só em Salvador, mas em todo o estado. Em outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará, as baianas seguem as regras, nosso problema está exatamente aqui, no nosso estado”, revelou Rita.
Um relatório favorável à renovação do título foi enviado a Brasília. Caberá ao Conselho Consultivo do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) decidir sobre a revalidação. Bruno Tavares, superintendente do Iphan, disse que provavelmente o tema será posto em pauta na próxima reunião do conselho.