Mina Pedro de Ferro da Bamin, em Caetité. Foto: Bamin/Divulgação

Após analisar que não haveria retorno do investimento de US$ 5,5 bilhões em projeto da mineradora Bahia Mineração (Bamin), a Vale deve desistir do negócio até o fim do mês. A empresa lidera um consórcio que conta com a Cedro Participações e a BNDESPar. O projeto da Bamin, em Caetité, sudoeste da Bahia, envolve uma mina de ferro para 26 milhões de toneladas por ano, a conclusão de uma ferrovia de 537 km – a Ferrovia de Integração Oeste-Leste-Fiol 1 – e um porto marítimo para receber navios de grande porte, na região de Ilhéus.

Atualmente, as obras estão sob o controle do Eurasian Resources Group (ERG), do Casaquistão, mas o grupo não possui recursos para bancar o investimento e busca compradores ou sócios. Existe uma pressão, por parte do Planalto, para que a Vale assuma o projeto com a compra do grupo estrangeiro. Segundo informações obtidas pelo Estadão, a Vale avaliava o projeto desde 2022 e, apesar de ter intensificado os estudos, a condução desacelerou em decorrência do investimento não ser atrativo para a mineradora. Para o negócio ser viável, a produção deveria estar em torno dos 40 milhões de toneladas por ano.

Por sua vez, a Bamin está em processo de reestruturação de capital e busca novos investidores para viabilizar as próximas etapas do Projeto Pedra de Ferro. Em nota ao jornal paulista, a mineradora baiana confirmou que as obras da ferrovia e do porto estão suspensas, mantendo ativas as ações de manutenção, os investimentos nos programas socioambientais e o cumprimento de compromissos regulatórios.

Vale. Foto: Divulgação

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