
O professor, autor e pesquisador da UFBA, Wilson Gomes, vai lançar seu novo livro ‘A Tirania da Virtude’, no dia 14 de outubro, em meio a programação do II Congresso de História Social da Bahia, no Pelourinho. A obra é uma crítica ao identitarismo e/ou cultura woke. O autor reafirma-se como uma pessoa progressista e, por isso mesmo, se tornou um crítico da ideologia e da militância identitária (ou woke).
“Não faço à ideologia identitária uma crítica dogmática, obscurantista, reacionária, de alguém que despreza minorias, odeia direitos humanos e desvaloriza direitos civis de grupos socialmente estigmatizados. Minha crítica existe porque vejo nessa ideologia e nesse estilo de ativismo uma postura dogmática, obscurantista, violenta e avessa ao pluralismo”, afirma.
De acordo com o autor, uma democracia consequente não pode conceder a grupos vítimas de injustiça, discriminação e preconceito a prerrogativa de serem, por sua vez, injustos, preconceituosos e operadores de novas formas de discriminação. “Não se é progressista sem ser sensível às reivindicações de direitos e de reconhecimento social de minorias políticas. Isso não está em questão quando se faz a crítica que precisa ser feita à ideologia identitária”, destaca.
Wilson é uma das principais referências nacionais nas especialidades interdisciplinares da comunicação política e democracia digital, tendo fundado instituições, como a Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política (Compolítica) e orientado algumas dezenas de dissertações e teses de doutorado.
“Considero a ideia de que todas as pessoas são fundamentalmente iguais em dignidade e direitos, uma base espetacular para o contrato social. Aprecio a ideia de pluralismo e tolerância, assim como o princípio de que uma troca leal de argumentos é a melhor forma de gerenciar os conflitos de interesses que legitimamente colidem na sociedade”, conta o autor.

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