
Fazendo sua estreia em uma instituição brasileira, o artista Zéh Palito vai apresentar, entre os dias 19 de novembro e 22 de fevereiro de 2026, a exposição ‘Do pranto o oceano, e nadamos no amor’, no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BAHIA). Na mostra, ele propõe uma imersão em seu universo pictórico, marcado pela fusão entre referências da cultura urbana, estética tropical e temas sociais que atravessam sua produção desde o início da carreira. São 21 pinturas, uma escultura, seis instalações, um mural e a ativação da escultura inflável de um cacho de banana.
Com curadoria de Daniel Rangel, as obras celebram a cultura e a existência de pessoas negras em posição de poder, com uma iconografia própria e influências do tropicalismo brasileiro. O artista também apresenta uma série inédita criada especialmente para esta exposição, na qual presta homenagem a artistas baianos que admira, como Emanoel Araújo, Mestre Didi, Yedamaria, Estevão Silva e Rubem Valentim.
A individual de Zéh Palito evidencia o amadurecimento de sua pesquisa entre a pintura de rua e a de cavalete, em obras que aliam técnica e intuição. Ele transita entre a expressividade das cores vibrantes e a delicadeza dos tons pastéis, explorando a materialidade da tinta acrílica com o mesmo senso de urgência que o moveu nos muros. Suas composições apresentam pessoas negras envoltas em cenários fantásticos, repletos de frutas, flores e ícones da cultura pop, articulando um diálogo entre ancestralidade, desejo e consumo.
“A obra de Zéh Palito impacta à primeira vista. Cultura negra pop afrofuturista, permeada por muitos tons de rosa com um traço pessoal que vem das ruas para o museu. A exposição de Zéh Palito no MAC_BAHIA, primeira individual do artista em um museu no país, marca a trajetória de um expoente artista brasileiro, que possui obras em importantes museus e coleções particulares no mundo todo”, avalia Valentim.

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