O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai encontrar a ex-presidente Dilma Rousseff em Xangai, na China, entre os dias 29 e 31 de março para a sua posse no comando do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), nome oficial do banco do Brics, bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Dilma vai comandar a instituição até julho de 2025.
Para especialistas, impulsionar projetos ligados ao meio ambiente e driblar o impacto geopolítico das retaliações ocidentais à Rússia serão dois grandes desafios de Dilma na nova função. Na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP-27), no Egito, o NDB assumiu o compromisso de aumentar o financiamento a projetos ambientalmente sustentáveis, mas, para isso acontecer, a China e a Rússia devem investir no empreendimento, países sem perfil ambientalista.
Outro obstáculo para a gestão da ex-presidente serão as sanções de países ocidentais à Rússia, por conta da guerra na Ucrânia, que estão impedindo o banco de emitir títulos no mercado financeiro europeu e norte-americano. Dilma terá que articular com países não atrelados às sanções para captar recursos. Uma das vantagens da nova comandante é a melhora da imagem do Brasil no exterior após a posse de Lula, além de ter sido uma dos fundadores do banco em 2014.
Receba também as atualizações do Anota Bahia no: Google Notícias, Twitter, Facebook, Instagram, LinkedIn e Spotify.