Símbolo da Lava Jato e no combate a corrupção, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, pode ser o próximo a deixar o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A motivação seria a tentativa de troca no comando da Polícia Federal.
Não é a primeira vez que Bolsonaro sugere a saída do diretor-geral da PF, Maurício Valeixo. Ele é uma indicação e pessoa da confiança de Moro. O delegado foi superintendente da PF no Paraná durante a Operação Lava Jato.
Até o fechamento da Coluna Pinga Fogo, a única notícia oficial, vinda da assessoria do ministro, é de que ele não pediu demissão. Já nos bastidores, as informações são outras. Moro não teria aceitado a saída, enquanto Bolsonaro havia estabelecido condições para ele ficar. A apuração é que o ex-juiz da Lava Jato avalia sim deixar o governo e pode definir o seu futuro a qualquer momento. Entre as justificativas estariam a saída do Coaf de sua pasta, o pacote anticrime que foi desidratado, a sanção da figura do juiz de garantias e outros desgastes.
Entre as diversas manifestações nas redes sociais, destaque para o que disse Carlos Fernando dos Santos Lima, ex-integrante da força-tarefa da Lava Jato. “Moro deve sair. Bolsonaro não é correto, não tem palavra, deixou o ministro sem qualquer apoio no Congresso tanto nas medidas contra a corrupção quanto durante o episódio criminoso da Intercept, e nunca foi um real apoiador do combate à corrupção.”
Todo esse movimento se dá justamente uma semana depois da queda do ex-ministro Henrique Mandetta e no momento em que Bolsonaro tenta se aproximar do Centrão para enfraquecer o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM).
Politicamente, Sérgio Moro causaria um estrago muito maior na imagem do presidente junto a parte de sua militância que se apega fortemente ao combate a corrupção. Isso será ponderado no Planalto. É aguardar.
Reação na Bolsa – A possibilidade da saída de Sérgio Moro mexeu com o humor do mercado no Brasil. A Bovespa caiu 1,26% a 79.673,30. Já o dólar terminou o dia em alta de 2,21%, cotado a R$ 5,52.
Números – Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou um crescimento de 14% no número de óbitos causadas pelo novo coronavírus. Foram 407, subindo o total para 3.313, segundo balanço do Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (23).
Buraqueira – É quase uma missão impossível transitar pela rodovia estadual BA-220, entre os municípios de Monte Santo e Euclides da Cunha. São cerca de 38km que mais parecem uma tábua de pirulito. Chama a atenção, ainda, a presença de pessoas colocando areia nos buracos em busca de um ‘trocado’. A Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) garantiu que os serviços de manutenção estão sendo realizados, contudo, uma fonte revelou que passou pelo trecho nesta quinta-feira (23), e não havia nenhuma equipe por lá.
Compulsório – Com 99 casos confirmados para o novo coronavírus, a Prefeitura de Itabuna decretou o uso compulsório de máscara facial. Quem descumprir será multado em R$ 102,68. O documento não informa para onde irão os valores arrecadados.
Crescendo – O vereador e pré-candidato a prefeito de Jacobina, Tiago Dias (PC do B), já conta com o apoio de 5 colegas de legislativo: Pedro Nascimento (MDB), Martins Santos (PT), Rone do Junco, Jr de Todos e Cecílio Mota Jr, todos do PCdoB. Seis partidos estão alinhados com o projeto e devem apresentar 96 nomes para disputa das 17 vagas na Câmara Municipal.
Momento Jurídico, com Dr. Leonardo Brito – O Tribunal Superior Eleitoral criou um grupo de trabalho com o objetivo de avaliar a manutenção das eleições no mês de outubro do corrente ano. O referido grupo concluiu que, até o presente momento, a Justiça Eleitoral tem plenas condições materiais para implementar as eleições na forma deliberada no calendário divulgado em dezembro do ano de 2019. Tal conclusão foi feita e apresentada no dia 20/04/2020, a qual teve como base informações repassadas pelos tribunais regionais eleitorais. A equipe que elaborou o estudo continuará atenta as novas informações e promoverá encontros semanais para avaliar as medidas que deverão ser adotadas.
Inquietude – Sérgio Moro será a próxima baixa do Governo Bolsonaro?