‘EMI – O Sopro da Vida’. Foto: Divulgação

O multiartista soteropolitano João Acácia roteirizou a história da animação ‘EMI – O Sopro da Vida’, que retrata como os orixás criaram o mundo, a Terra e as pessoas. O curta foi escolhido para exibição no Festival TokenNation 2025, principal evento de tecnologia Web3 da América Latina, realizado em São Paulo. Criado junto com o diretor criativo, Felipe Salvador, o 3D mistura as antigas histórias sagradas do candomblé com tecnologia de ponta. A produção conta sobre uma luz especial que existia no céu dos orixás, chamado de Orum. Essa luz foi criada pelo orixá Olodumaré, o grande Deus da religião yorubá. Depois, Olodumaré passou essa luz para Obatalá e deu-lhe a missão de criar o mundo que conhecemos hoje.

A obra está sendo exibida em looping em paredes 360° totalmente cobertas de LEDs na Sala Imersiva do TokenNation. “É uma história linda sobre como a vida começou, contada pelos nossos ancestrais africanos. Sempre tive o desejo de perpetuar estas histórias de formas diferentes e modernas, então fizemos um mergulho sensível nisso para contrapor a lógica colonial que tentou apagar e desacreditar as cosmovisões afrodescendentes”, conta Acácia.

‘EMI – O Sopro da Vida’ ganhou destaque por valorizar a cultura afro-brasileira, usar tecnologia moderna para contar antigas histórias e por combater o preconceito contra religiões de matrizes africanas. A trilha sonora também foi criada por João, que já trabalhou com nomes famosos como BaianaSystem e Bando de Teatro Olodum. O artista mescla instrumentos acústicos, sintetizadores, efeitos sonoros e samples, criando uma ambiência que evoca tanto o sagrado quanto o tecnológico.

João Acácia. Foto: Silas Fernandes

Receba também as atualizações do Anota Bahia no: ThreadsGoogle NotíciasTwitterFacebook,  InstagramLinkedIn e Spotify